Como prometi anteriormente, chegou a hora de abordar as
indicações reais ABSOLUTAS para que uma mulher seja submetida a uma cesariana
para o nascimento do seu bebê. Sobre esses aspectos não há discussão.
São as únicas indicações para cesariana comprovadas por
evidências científicas, que é o que importa para quem defende o parto humanizado.
- Comprometimento anatômico do canal de parto que pode ter
sido causado por paralisia infantil, raquistismo ou algum acidente que tenha
deixado a pelve deformada.
- Placenta prévia central tampando a saída do bebê. Se a
placenta sai antes do bebê, o bebê para de respirar e morre.
- Prolapso de cordão umbilical com colo do útero não
plenamente dilatado. É quando o cordão sai pela vagina antes do bebê. O bebê pode morrer porque sua cabeça comprime o cordão
umbilical, bloqueando a respiração. É por esse motivo que NUNCA se deve romper
a bolsa amniótica (algo que é rotina nos partos ”normais”). É muito raro.
- Descolamento prematuro de placenta com colo não dilatado.
Também é muito raro.
- Ruptura de membrana (bolsa amniótica) complicada com
infecção.
- Herpes genital ativo (com feridas) no momento do trabalho
de parto.
- Feto em posição transversa. Há a opção de tentar a versão para que o parto aconteça naturalmente, cabe à mulher a decisão de fazer ou não.
- Desproporção real céfalo-pélvica. Acontece em caso de
bebês gigantes (de 9kg, por exemplo!), para os bebês de tamanho habitual, só é
possível detectar essa desproporção durante o trabalho de parto.
- Sofrimento fetal agudo ou crônico ("frequência cardíaca fetal não-tranquilizadora").
- Eclâmpsia com convulsão.
* * * *
Para todo mundo que me pergunta sobre indicações de
cesariana, eu recomendo a leitura desse texto da Dra. Melania Amorim a respeito:
As indicações fictícias são aterrorizantes e fazem o mundo de muita gente ruir porque são propagadas como verdades tais como circular de cordão, falta de dilatação, bebê grande etc.
Caso alguém queira mais explicações a respeito de alguma delas, podem pedir que procurarei esclarecer.